Cuidado com a vulnerabilidade

Vamos falar de algo bem ruim, péssimo, mas que precisa ser dito. Nem tudo são flores e em algum momento você empreendedor tem sim que identificar o nível de vulnerabilidade do seu negócio.

Chamamos de vulnerabilidade aquele encontro fatal entre as ameaças do ambiente externo e as fraquezas da sua empresa. Ameaça externa é tudo aquilo que está fora do seu controle e que prejudica as suas operações, podendo chegar a uma situação de quebra ou falência. E fraqueza você sabe, são questões internas que atravancam o desenvolvimento dos processos, impedem melhorias, causam atrasos, queimam a imagem da empresa e por aí vai.

Ameaças existem e sempre existirão. Fraquezas existem e sempre existirão. Porém, se há uma sinergia entre as duas… Essa é a causa da vulnerabilidade.

Pode ser que esteja havendo um movimento de novos entrantes no seu mercado. OK, é nitidamente uma ameaça, já que eles vão passar a dividir com você e os demais concorrentes aquele número finito de clientes. Se sua empresa está preparada para isso, tudo bem, até porque é provável que o tempo de operações no mercado forneça a você uma vantagem competitiva. Mas, se há neste momento um número razoável de fraquezas que não permitam o bom combate, sinal de alerta! Vulnerabilidade à vista.

Então pare aí um pouquinho e levante essas potenciais ameaças externas e as suas principais fraquezas. Analise bem, com atenção. Deu ruim? Bora consertar, rapidinho…..  

Capacidade defensiva

Qual a capacidade que a sua empresa tem de se defender das ameaças externas? Já parou para pensar nisso? Porque não adianta não ficar torcendo para que fatos nocivos ao seu negócio deixem de acontecer, desencadeados por concorrentes, novas leis, novos entrantes, mudanças de hábitos do consumidor etc. Porque ameaças são incontroláveis, não tem como a sua empresa interferir e alterar o rumo das decisões que esses agentes externos estão tomando. Bom, isso supondo que a sua empresa não seja uma toda poderosa líder mundial…

Então, de primeira, é preciso identificar claramente as ameaças. Quais são elas e qual o grau de impacto que cada uma tem para o seu negócio. A seguir, olhar para as forças internas da empresa e pontuar, uma a uma, como elas se comportam frente a cada ameaça. Aquelas forças que ajudam a empresa na defesa contra o inimigo externo são as que devem preferencialmente ser preservadas e até potencializadas.

Uma capacidade defensiva baixa significa que suas armas (forças) não servem contra esse inimigo (ameaças). Hora de investir no desenvolvimento de times e ações internas que criem forças suficientes para mitigar eventuais estragos previstos por conta das ameaças.

Uma capacidade defensiva alta é uma coisa muito boa! Certo? Nem sempre, viu? A parte boa é que a empresa tem armas suficientes para lutar contra os inimigos. Porém…. Será que vale a pena mesmo estar nessa batalha? Será que uma alteração de rumo no seu negócio, alguma mudança de estratégia, não poderia fazer com que as ameaças deixem de ser consideradas como tais para a nova situação do negócio?

Pense nisso…